Minha vida gamer começou na época do Master System, por volta dos meus 6 ou 7 anos. Não tinha muitos jogos, mas me virava com as locadoras.
Nisso, dois jogos me marcaram bastante: Sonic The Hedgehod e My Hero. Na verdade, eram os únicos dois jogos que eu tinha.
My Hero é um beat ‘em up lançado para o Master System pela SEGA em 1986, sendo uma versão adaptada (ou melhor, capada) do arcade de 1985.
Como o jogo My Hero funciona?
A história do jogo é bem simplista, sendo basicamente uma história de resgate que nunca termina. O protagonista, Steven, está tranquilamente passeando com sua namorada, Remy, quando o vilão surge, dá um soco nele e a sequestra. E assim nossa aventura começa!
A nossa jornada se desenrola em um looping eterno: passar pela primeira cidade, um campo aberto, outra vez a cidade e então enfrentamos o vilão. Ao vencermos o vilão, Steven comemora com sua namorada, mas leva outro soco do boss e Remy é levada novamente.

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Jogabilidade e inimigos
Durante nossa busca por Remy, enfrentamos diversos membros de gangues, cachorros, atiradores de faca, e muitos outros. Com o avanço dos estágios, encontramos variações desses inimigos e até alguns novos, mas sem fugir muito do padrão.
A versão de arcade era mais trabalhada nesses casos por conta de capacidade mais elevada de hardware, coisa que os cartuchos do master não tinham. Por conta disso, havia mudança de cenário, cores, inimigos e até de vilão, enquanto no console isso não ocorria.
Já a jogabilidade era o mais simples possível: soco e voadora. Dois botões. Dois comandos. Também podíamos dar rasteira quando estávamos agachados, mas na essência, a voadora era o que reinava mesmo.
Apesar dos comandos simples, a dificuldade do jogo era bem alta. Um golpe levado significava morte, e se somarmos com alguns ataques à distância dos inimigos e do curto alcance dos golpes do Steven, a dificuldade se elevava mais ainda.

Considerações finais
Apesar da simplicidade dos cenários e da construção do jogo, que contrasta com sua dificuldade, My Hero me divertiu bastante na infância e também me ensinou a passar raiva.
Não dá para classificá-lo como um dos melhores do Master System, mas ele traz um desafio interessante para jogadores mais hardcore. Na época, não consegui vencer os três estágios principais do jogo devido à sua dificuldade e, mesmo jogando hoje em dia, a frustração continua.
Apenas mais um gamer que gosta de se aventurar nas histórias e registrar o seu caminho nessa jornada.