Quais os meus jogos terminados em 2024? Uma lista não tão grande assim

Se tem uma coisa que todo gamer entende, é que, ao terminar um jogo, sempre vem outro para ocupar o espaço.

Finalizar um jogo não é só riscar um item da lista (embora alguns realmente sejam só isso) — é viver a história, superar desafios e, muitas vezes, se despedir de personagens que fizeram parte da rotina por um bom tempo.

Em 2024, não finalizei tantos jogos quanto gostaria, mas alguns deixaram uma marca forte e garantiram seu lugar na memória. Então, bora relembrar essas experiências?

Listas com meus jogos terminados em 2024
Lista dos meus jogos terminados em 2024.

The Division 2

Gameplay do jogo The Division 2.
The Division 2, gameplay. Fonte: acervo próprio.

The Division 2 pode não ter sido um jogo que comecei em 2024, mas ele me acompanhou por um bom tempo. Lançado pela Ubisoft em 2019, esse shooter em terceira pessoa me rendeu mais de 100 horas de gameplay.

A mistura de um mundo pós-apocalíptico com a busca constante por equipamentos e suprimentos, enquanto enfrentamos gangues e áreas contaminadas, faz do jogo uma ótima pedida para quem curte exploração e progressão.

Além disso, The Division 2 conta com modos multiplayer, tanto cooperativo quanto PvP. No modo coop, até quatro jogadores podem se juntar para completar missões e conseguir novos recursos. Já o PvP coloca você contra outros jogadores em uma área chamada Zona Cega, onde o risco e a recompensa andam lado a lado. Eu evitei essa área.

Apesar de a história não ser o ponto alto, acompanhar o desenrolar dos eventos é uma experiência interessante. E para quem gosta de se aprofundar no universo do jogo, há uma boa quantidade de colecionáveis que contam mais sobre a vida das pessoas em meio ao caos.

Code Vein

Gameplay do jogo Code Vein
Gameplay do jogo Code Vein. Fonte: acervo próprio.

Sempre achei o estilo souls bem interessante, mas nunca fui um jogador que se deu muito bem nesse gênero. Já tentei alguns títulos antes, mas o ciclo de tentativa e erro acaba me frustrando com o tempo.

Foi aí que Code Vein, o famoso souls de anime, surgiu como mais uma tentativa de me aventurar nesse mundo.

Diferente dos demais, ele é bem mais acessível, já que temos um parceiro o tempo todo – que pode ser um NPC ou outro jogador online. Isso fez bastante diferença, porque sempre tive ajuda nos chefes e nos momentos mais complicados.

O jogo oferece uma boa variedade de personagens, cada um com atributos próprios para se encaixar no seu estilo de jogo. Além disso, a personalização do seu próprio personagem é bastante flexível, permitindo ajustes em equipamentos, armas e habilidades.

A exploração também é recompensadora, já que você sempre encontra itens úteis pelo caminho. Outro ponto positivo é a presença de um mapa – algo que, sinceramente, faz falta em muitos soulslike e contribui para a dificuldade elevada do gênero.

Quanto aos inimigos e chefes, alguns ainda exigiram um bom tempo para aprender as mecânicas e derrotá-los. Mas, como mencionei antes, a presença de um aliado facilitou bastante. Ele podia chamar a atenção dos inimigos enquanto eu me curava ou buscava um ângulo melhor para atacar.

No fim, Code Vein acabou sendo uma ótima porta de entrada para o mundo soulslike. Ainda quero explorar outros títulos do gênero, mas, antes disso, preciso me preparar melhor.

Uncharted 4: A Thief’s End

Uncharted 4: a thief's end
Uncharted 4: a thief’s end. Fonte: meu playstation.

Uncharted 4 veio para amarrar uma ponta solta que precisava ser fechada.

Quando Uncharted: The Nathan Drake Collection foi “dado” na PlayStation Plus de março de 2020, comecei a jogar a trilogia. Fui aproveitando toda a jornada de Nathan e companhia e finalizei os três primeiros jogos em sequência.

No entanto, não consegui manter o mesmo ritmo e acabei deixando o quarto jogo de lado por um bom tempo, voltando a ele apenas em 2024.

Ao retornar, percebi o quanto o jogo havia evoluído em relação aos seus antecessores. A jogabilidade está mais fluida, com momentos de ação, aventura e humor – praticamente um filme de Sessão da Tarde.

Em determinados momentos, o jogo nos coloca no controle de um Nathan mais jovem, permitindo conhecer melhor sua juventude ao lado do irmão, Samuel. Desde aquela época, os dois já alimentavam o desejo de encontrar o lendário tesouro do pirata Henry Avery – o mesmo que serviria de base da trama no tempo presente.

O jogo conseguiu dar um desfecho satisfatório para toda essa jornada construída desde o primeiro jogo e podemos dar o devido descanso para o Nathan. Entretanto, tenho a impressão de que ele ainda será colocado para trabalhar mais outra vez no futur.

Parasite Eve

Aya enfrentando Eve no começo do jogo Parasite Eve.
Aya enfrentando Eve no começo do jogo Parasite Eve. Fonte: niche gamer

Assim como Uncharted 4, Parasite Eve era uma ponta solta na minha vida. Joguei na época do PlayStation 1, mas nunca cheguei a terminar.

O jogo tem muitas semelhanças com os survival horrors clássicos, como Resident Evil e Silent Hill, mas traz um diferencial interessante: ele também é um RPG.

Aqui, controlamos Aya Brea — uma jovem policial que, além de ter sido a paixão de muitos na época, presencia um massacre em um teatro de Nova York e sai como a única sobrevivente. Esse evento dá início a uma jornada que a leva a descobrir mais sobre o próprio passado.

Além da tensão habitual do gênero, Parasite Eve mantém aquela mecânica clássica de buscar itens para desbloquear novas áreas, enfrentar criaturas bizarras e lidar com um inimigo recorrente, Eve, que aparece em momentos-chave antes do confronto final.

Explorar locais icônicos do mundo real, como Central Park, o Museu de História Natural, Manhattan e Chinatown, enquanto subimos de nível e desvendamos os mistérios de Aya, torna a experiência ainda mais envolvente — especialmente para quem gosta do gênero.

Agora, preciso colocar a jornada em dia e jogar o Parasite Eve 2, que também é um bom jogo. Já o The 3rd Birthday, que seria o terceiro jogo da série, então, veremos se entrará na lista. Vale a pena?

Mass Effect 1

Personagem Shepard do jogo Mass Effect 1.
Shepard do jogo Mass Effect 1. Fonte: acervo próprio.

Sempre quis começar a saga de Shepard. Sabia que o jogo tinha uma história fantástica e já gostava dos games da BioWare, como Dragon Age (The Veilguard não entra aqui, mas sua hora vai chegar). Finalmente, tive a chance de jogar Mass Effect 1 e não me decepcionei.

No jogo, nosso Shepard, que pode ser homem ou mulher, é designado para recuperar um artefato em uma colônia humana. Lá, descobrimos que Saren, que deveria ser nosso aliado, na verdade, é um traidor. A trama gira em torno dessa traição e do envolvimento de um inimigo ainda maior: os Reapers.

Viajar por planetas diferentes, conhecer raças distintas e recrutar companheiros para encarar os desafios foi exatamente o que eu imaginava. O jogo entrega diálogos bem construídos, uma história envolvente e tomadas de decisão que realmente impactam o rumo da jornada—incluindo a possível morte de companheiros.

Para mim, o maior ponto negativo foram os controles, que envelheceram mal. No começo, incomoda, mas depois a gente se acostuma e acaba relevando.

Terminei Mass Effect em cerca de 25 horas, e com toda certeza ele conquistou seu espaço. Aliás, os três primeiros jogos merecem esse destaque. Para quem ainda não conhece e curte um RPG com uma boa trama, vale muito a pena dar uma chance.

The Diofield Chronicles

Gameplay do jogo The Diofield Chronicles.
Gameplay do jogo The Diofield Chronicles. Fonte: wccftech.

The DioField Chronicle foge do padrão dos RPGs táticos tradicionais ao apostar em um sistema de combate em tempo real, onde é preciso pensar rápido e posicionar bem suas unidades.

A história te coloca no meio de uma guerra política entre impérios e alianças, mas com um diferencial interessante: acompanhar os Blue Foxes, um grupo de mercenários que logo percebe estar envolvido em um jogo muito maior do que imaginava.

Os quatro personagens principais – Andrias, Fredret, Iscarion e Waltaquin – são bem legais, mas a última se destaca por ser maga e ter acesso a magias de necromancia, o que dá um toque diferenciado ao combate e tem uma trama pessoal bem singular.

Falando em combate, esse foi um dos pontos que mais me surpreendeu. A fluidez de pausar para dar ordens e ver a ação acontecendo em tempo real mantém tudo dinâmico.

Além disso, cada personagem tem um parceiro que compartilha habilidades (fora os companheiros do grupo), ampliando as possibilidades estratégicas. Porém, conforme o jogo avança, os padrões dos inimigos começam a ficar previsíveis, e a estratégia acaba perdendo um pouco do impacto.

A história tem seus momentos, mas nem todos os personagens são tão desenvolvidos quanto poderiam ser. Aliás, muitos dos que se juntam ao grupo eu nem cheguei a usar. No geral, é um jogo que entrega uma experiência única para quem curte estratégia, mas sem se prender ao ritmo mais cadenciado dos turnos clássicos.

No fim das contas, The DioField Chronicle é um bom RPG tático, mas nada extraordinário. Levei cerca de 46 horas para finalizar e platinar o jogo – e só fiz isso porque a platina não tem nenhum troféu perdível e também não oferece grandes desafios.

Silent Hill 2 Remake

Personagem James do jogo Silent Hill 2 Remake.
Gameplay do jogo Silent Hill 2 Remake. Fonte: acervo próprio.

Silent Hill 2 Remake resgata um dos maiores clássicos do terror psicológico, agora com gráficos modernos e uma jogabilidade mais refinada.

A história acompanha James Sunderland, que recebe uma carta da esposa falecida pedindo para encontrá-lo em Silent Hill. O que parecia impossível se transforma em uma jornada repleta de simbolismos, culpa e horrores que refletem sua mente perturbada.

A reformulação na jogabilidade trouxe uma câmera sobre o ombro, o que, na minha opinião, melhora bastante a experiência. Ainda assim, faz sentido o uso da câmera fixa no original, que ajudava a construir tensão na época e driblava limitações.

Além disso, a exploração está mais imersiva e o combate mais responsivo, sem comprometer a sensação de vulnerabilidade. A ambientação continua sufocante, com uma névoa opressiva, cenários decadentes, iluminação da lanterna na medida certa e um design sonoro que amplifica cada momento de tensão.

As criaturas grotescas (menos as enfermeiras, né rs) e os sustos psicológicos substituem o terror óbvio, tornando cada corredor escuro um teste para os nervos.

Os manequins escalando as paredes conseguiram me deixar bem desconfortável… Isso sem contar quando resolviam desviar dos meus ataques, mas eu também fazia isso com os deles. E os Lying Figures (criaturas que parecem estar presas em uma camisa de força), que, às vezes, surgiam por debaixo dos carros?

Silent Hill 2 Remake não assusta só pelo que mostra, mas pelo que faz sentir. Para mim, foi o meu jogo do ano de 2024.

Dragon Age The Veilguard

Personagens do jogo Dragon Age The Veilguald enfrentando um dragão.
Dragon Age The Veilguald. Fonte: acervo próprio.

O polêmico Dragon Age: The Veilguard é o quarto jogo da série Dragon Age e se passa anos após os eventos de Inquisition.

Dessa vez, assumimos o papel de Rook, recrutado por Varric e Harding para impedir que Solas destrua o Véu e cause o colapso do mundo. Mas, como sempre, as coisas saem do controle, libertando deuses élficos perigosos que querem reformar Thedas à sua maneira.

A jogabilidade agora está mais voltada para ação, com combates em tempo real e a possibilidade de dar comandos estratégicos para os companheiros. No entanto, a liberdade que tínhamos nos jogos anteriores foi reduzida.

O jogo também investe bastante na relação entre os personagens, trazendo um elenco diverso e muitas escolhas que impactam a história. Ao mesmo tempo, algumas interações parecem existir apenas para incluir a pauta de diversidade, sem um real impacto e necessidade na narrativa.

Fechei o jogo com cerca de 45 horas, mas não fiz tudo o que ele oferecia. Ignorei algumas missões secundárias, como as de facções, e foquei apenas nas que envolviam os personagens.

Se você curte RPGs com uma narrativa ok, personagens marcantes e um sistema de combate mais dinâmico, The Veilguard pode ser uma boa pedida. Agora, se for comparar com os Dragon Age anteriores, este, sem dúvida, é o mais fraco da série.

Mass Effect 2

Gameplay do jogo Mass Effect 2.
Mass Effect 2. Fonte: acervo próprio.

Mass Effect 2 é um RPG de ação que dá continuidade à história da minha Comandante Shepard, a verdadeira “fodona”. É bem legal poder importar a personagem do primeiro jogo e ver as escolhas que fiz impactando o novo capítulo.

Logo no início, a Normandy é atacada, o que já coloca o jogo com um grande impacto logo de cara. Nisso, somos recrutados pela organização Cerberus para enfrentar os Colectors, uma raça misteriosa que está sequestrando colônias humanas inteiras.

A missão se torna ainda mais complexa: reunir um time de especialistas para realizar uma missão suicida no coração do território inimigo.

A jogabilidade evolui bastante em relação ao primeiro jogo, com tiroteios mais fluidos, um sistema de cobertura mais responsivo e um inventário menos complicado. O foco é no combate tático, na escolha dos companheiros certos para cada missão e, claro, no sistema de diálogos que define a personalidade da Shepard e os rumos da história.

Cada companheiro tem sua própria trama pessoal para resolver e, com nossa ajuda, as coisas se tornam mais fáceis. Isso não só aprofunda a história deles, mas também aumenta sua lealdade, influenciando diretamente no desfecho do jogo.

O grande diferencial de Mass Effect 2 é a construção da tensão antes da missão final. Cada decisão pesa, e o risco de perder membros da equipe (ou até a Shepard) é real. Confesso que precisei recorrer a um guia para garantir que todo mundo sobrevivesse, ou ao menos aumentar as chances.

É um jogo que mistura uma narrativa envolvente, ótimos personagens e um combate bem mais refinado que o do primeiro, entregando uma das melhores experiências da trilogia e uma das melhores tramas dos videogames (pelo menos, na minha opinião). O jogo durou mais do que o anterior e terminei com aproximadamente 35 horas de jogo.

Considerações finais

Embora o número de jogos seja pequeno, com impressões tanto positivas quanto negativas, cada um deles me conduziu por uma jornada única em busca de resolver suas tramas.

Em 2025, espero conseguir expandir essa lista e, mais importante, que os novos jogos sejam tão bons quanto esses.

E você, terminou quantos jogos em 2024? Alguns deles também te marcaram? Compartilhe aqui nos comentários que também quero saber.

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