Finalmente cheguei ao desfecho dessa extraordinária trilogia. Mass Effect 3 veio com a missão de encerrar a épica jornada da Shepard e acabar de vez com os Reapers.
Posso dizer que consegui realizar este feito, mas não sem sacrifícios.
O que é Mass Effect 3?
Lançado originalmente em 2012 pela Bioware, Mass Effect 3 veio como o desfecho de uma trilogia de RPG e ficção científica. A versão Legendary Edition, de 2021, deu uma remasterizada no jogo, além de melhorias na jogabilidade e experiência mais refinada para os jogadores atuais.
Desta vez, a Comandante Shepard precisa dar um fim a maior ameaça da galáxia: os Reapers. Essa batalha, que teve seu início já no Mass Effect 1, já perdura demais e, dessa vez, a ameaça de extinção está se concretizando. Precisamos lutar para que ela não aconteça de fato.

História do Mass Effect 3
O jogo gira em torno de conseguir unir todas as espécies possíveis contra a terrível invasão dos Reapers, máquinas colossais enormes e implacáveis.
A história já começa com o planeta Terra sendo atacado logo de cara, o que, não posso negar, foi uma grande introdução ao jogo e ao terror que a trama teria. Por conta disso, fomos forçados a deixar nosso planeta e sair em busca de alianças em toda galáxia.

Na Citadel, entendemos a possibilidade de vitória, mas dependemos da criação de uma superarma: o Crucible. Entretanto, isso não será tão simples assim.
A necessidade de unir todas as raças e criar essa arma faz com que o jogo apresente diversas missões, que variam entre diplomacia, batalhas e decisões de alto impacto. Cada escolha que fazemos no jogo irá fortalecer — ou não — a nossa aliança e números contra os Reapers.
Assim, em cada planeta e raça que visitamos, o recrutamento para nossa causa não será fácil, já que cada uma delas tem seus próprios conflitos internos, que precisaremos resolver para conquistar sua lealdade.
Vamos à lua de Palaven buscar o apoio dos turians e reencontrar nosso velho companheiro Garrus; escoltaremos uma fêmea krogan valiosa para a cura do Genophage, doença que há muito tempo aflige os krogans; enfrentaremos desafios para tentar alcançar uma paz entre quarians e geth, que pode nos levar a uma escolha trágica e difícil; e até mesmo investigaremos experimentos conduzidos pela Cerberus em civis inocentes.
Esses eventos, bem como outros, são a base para que conseguirmos aumentar nosso poder na luta contra os gigantes malvadões. Quanto mais aliados tivermos, maiores serão as nossas chances de vencer sem grandes perdas.
Afinal, se tem uma coisa que Mass Effect já deixou claro desde o início da trilogia, são que nossas escolhas podem e vão trazer consequências, sejam elas boas ou ruins.

Jogabilidade e mecânica
Mass Effect 3 aprimorou o combate, tornando-o mais fluido e dinâmico em comparação aos títulos anteriores.
O sistema de cobertura foi refinado, permitindo movimentação mais rápida e combates mais estratégicos. Além disso, Shepard pode correr, pular obstáculos e utilizar ataques corpo a corpo aprimorados, incluindo a poderosa lâmina Omni-Blade para finalizações letais, o que, na minha experiência, acabei nem usando. Preferi me concentrar no combate com armas e skills, pois são mais prazerosos.

Por falar nelas, o jogo também expandiu as opções de customização. Podemos modificar nossas armas com diferentes acessórios que influenciam peso, dano, precisão e outros atributos. Além disso, há uma progressão mais detalhada para as habilidades de Shepard e dos membros do esquadrão, permitindo escolhas estratégicas que impactam o estilo de jogo.
Outra mecânica central é a Galactic Readiness, um sistema que mede a prontidão da nossa aliança para o confronto final contra os Reapers. Esse nível pode ser aumentado completando missões secundárias e explorando planetas.
Diferentemente da versão original, na Legendary Edition, esse fator não depende mais do modo multiplayer, tornando possível atingir o melhor final jogando apenas a campanha solo.
O que foi de grande valia pra mim! Afinal, se precisasse do multiplayer para tal situação, muito provavelmente eu teria feito um final ruim. Essa dependência de multiplayer em jogos com foco em história nunca me atraiu.
Assim como o Mass Effect 2 alterou bastante o nosso sistema de viagem pelas galáxias, o terceiro jogou mudou em relação ao segundo.
Desta vez, não estamos tão seguros assim para viajar entre galáxias. Estamos sendo constantemente monitorados e até perseguidos pelos Reapers. Se, por descuido, acabarmos sendo alcançados por eles… já era, é game over na certa. Não temos poder para enfrentá-los diretamente.
Por conta disso, precisamos estar sempre atentos ao sinal de alerta presente no mapa e prontos para fugir da galáxia se for necessário.
Personagens
Uma característica da trilogia Mass Effect, são seus personagens marcantes, com fortes tramas pessoais e que agregam bastante na história.
No terceiro jogo não seria diferente!
Temos o retorno de rostos já conhecidos, bem como novas adições para nos ajudar em nossa luta.

Comandante Shepard
Nosso protagonista na trilogia. Algo bem legal é a possibilidade de importar nosso personagens dos jogos anteriores e manter a coesão de nossas escolhas passadas. Mantive a mesma personagem nos três jogos.
Shepard é o elo central entre as diferentes facções da galáxia. No jogo, além de liderar a resistência contra os Reapers, ela enfrenta o peso de todas as decisões passadas. Sua evolução emocional é palpável, marcada por perdas, confrontos morais e a pressão de salvar a galáxia.
Liara T’Soni
Liara retorna como uma das figuras mais importantes da galáxia, agora como a Shadow Broker. É ela quem traz os dados iniciais sobre o Crucible e auxilia Shepard em estratégias políticas e de inteligência.
Seu arco mostra a transição de uma cientista idealista para uma jogadora poderosa no tabuleiro galáctico, sem perder seu vínculo emocional com Shepard. Ela é um pilar tanto estratégico quanto afetivo e, sempre que possível, foi personagem fixa no meu grupo nas missões.
Garrus Vakarian
Reencontrado em Menae, lua de Palaven, Garrus lidera forças turianas contra os Reapers. Sua jornada reflete a evolução de um policial rebelde para um comandante respeitado. Sempre leal a Shepard, Garrus oferece conselhos táticos e momentos de camaradagem.
Se tornou um dos símbolos da trilogia pela sua personalidade sarcástica, ética sólida e vínculo inquebrável com Shepard.
James Vega
Novo na equipe, Vega é um soldado da Aliança que representa o ponto de vista de um guerreiro comum diante de eventos de enorme grandiosidade.
Sua relação com Shepard se constrói ao longo do jogo, com momentos de vulnerabilidade, dúvidas e crescimento pessoal, além de ficar dando em cima da minha Shepard, chamando ela de loba.
Vega busca compreender os dilemas de liderança que Shepard enfrenta e mostra-se pronto para carregar mais responsabilidades.
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EDI
Anteriormente a inteligência artificial da Normandy, EDI agora possui um corpo sintético, adquirido após eventos em Mass Effect 2. Seu arco foca no autoconhecimento e na compreensão das emoções humanas.
Seu relacionamento com Joker é uma linha narrativa importante, trazendo debates sobre identidade, livre-arbítrio e amor entre formas de vida diferentes. Um tanto quanto curioso, aliás.
Tali’Zorah vas Normandy
Engenheira quarian, reencontrada durante os eventos em Rannoch. Sua história é profundamente ligada ao conflito entre sua raça e os geth.
Tali representa os dilemas entre tradição e mudança, orgulho cultural e reconciliação. Suas emoções estão à flor da pele durante as missões de Rannoch, e sua lealdade a Shepard é posta à prova por decisões difíceis, mas ela se provou digna. Afinal, ficou os três jogos no meu grupo de maneira praticamente fixa. Imagina, se no final, ela não fosse leal?
Legion
O geth com consciência individual, introduzido em Mass Effect 2, retorna com papel fundamental. Defende a possibilidade de paz com os quarians.
Somado a isso, seu arco é uma das histórias mais tocantes do jogo, representando o crescimento de uma inteligência sintética rumo à empatia e sacrifício.
Ashley Williams
Ashley retorna em Mass Effect 3 como tenente-comandante da Aliança. Inicialmente desconfiada das ações de Shepard e da influência da Cerberus, sua confiança precisa ser reconquistada.
Desse modo, seu arco é sobre lealdade, reconciliação e a complexidade de viver com decisões difíceis. Ela pode se juntar novamente à equipe, dependendo das suas escolhas.
Javik
Último sobrevivente conhecido dos Protheans, Javik é descoberto em um mundo remoto e acordado por Shepard.
Seu ponto de vista é cínico e direto, oferecendo uma visão sem filtros sobre a galáxia e os ciclos de destruição. Além disso, Javik confronta os ideais dos membros da tripulação e oferece ideias valiosas sobre os Reapers e o passado antigo da galáxia.
Temos no arco dele um foco no ressentimento, choque cultural e uma possível abertura emocional com a tripulação.

Gráficos e direção de arte
Visualmente, Mass Effect 3 melhorou a iluminação, animações faciais e detalhes dos ambientes em relação aos títulos anteriores. Além disso, os planetas visitados apresentam uma diversidade visual impressionante, indo de cidades devastadas pela guerra a bases espaciais futuristas.
A direção de arte mantém a identidade da franquia, combinando tecnologia avançada com uma estética militarista e ótimos designs alienígenas. Já na Legendary Edition, os cenários ganharam mais detalhes, tornando a imersão ainda mais impactante.

Considerações finais
Mass Effect 3, aliás, a trilogia como um todo, continua sendo uma das histórias mais emocionantes e envolventes já criados no mundo dos games, e com toda certeza está na lista de melhores jogos que já joguei.
Sua narrativa impactante, boa jogabilidade, apesar de precisar de um certo costume e personagens memoráveis fazem dele uma experiência imperdível para fãs de RPG e ficção científica.
Se você ainda não jogou, a versão Legendary Edition é uma excelente oportunidade para vivenciar essa épica jornada.
Agora, me conte: quais foram suas escolhas mais difíceis? Seu final foi satisfatório? Deixe sua opinião nos comentários!
Apenas mais um gamer que gosta de se aventurar nas histórias e registrar o seu caminho nessa jornada.