Após o término do primeiro jogo, já embarquei diretamente no Mass Effect 2. A ideia era não deixar a jornada da minha Shepard esfriar, nem correr o risco de engatar em outro jogo e não voltar mais.
Não teria como isso acontecer, pois, já nos primeiros minutos, o jogo coloca você em uma situação avassaladora. Mas vamos por partes. Ah, esteja ciente de que haverá possíveis spoilers.
O que é o Mass Effect 2?
Mass Effect 2 foi lançada em 2021 como parte da coletânea Legendary Edition para PlayStation 4, Xbox One e PC, com melhorias gráficas, tempos de carregamento reduzidos e ajustes na jogabilidade. O jogo de ação, com elementos de RPG, é uma continuação do seu antecessor, com sua história iniciando logo após o término do primeiro.
Nele, estamos patrulhando a galáxia quando a nossa nave é brutalmente atacada. Durante esse ataque, Shepard acaba ficando para trás ao salvar seu fiel piloto, Joker, e morre(!).
Apesar disso, uma organização chamada Cerberus, liderada pelo Illusive Man, resgata o nosso corpo. Após dois anos, por meio de um projeto chamado Lazarus, eles conseguem reviver Shepard e ainda implantam algumas melhorias em seu corpo.
Ao acordarmos, descobrimos que várias colônias humanas estão sendo atacadas e seus habitantes sequestrados por uma raça chamada Collectors, que podem estar a mando dos Reapers. Sim, os mesmos que conhecemos no primeiro jogo.
Desse modo, para que possamos enfrentar esse inimigo, precisamos reunir novamente um grupo com talentos e habilidades diversas para combater essa nova ameaça.

Personagens e lealdade
No jogo, precisamos recrutar uma nova equipe, e sua lealdade é fundamental para conseguirmos enfrentar os Reapers. Por conta disso, saímos para montar nosso time, passando por diversos planetas e situações diferentes.
- Jacob: um ex-soldado da Aliança que agora trabalha para a Cerberus. Ele já está conosco logo que iniciamos a nossa jornada. Achei ele meio sem graça;
- Miranda Lawson: uma cientista da Cerberus bem habilidosa e com um passado pesado. Foi responsável por trazer Shepard de volta por meio do projeto Lazarus;
- Mordin: um cientista salarian que estava atuando para conter uma praga e teve participação na criação da genophage, uma arma responsável pelo baixo número de krogans na galáxia;
- Garrus: nosso antigo companheiro do primeiro jogo e agora um vigilante em apuros que precisa da nossa ajuda;
- Jack: uma humana biótica toda tatuada que estava presa por diversos crimes e que também passou por vários experimentos na infância;
- Grunt: um krogan criado em laboratório que foi geneticamente modificado para ter as melhores características da sua espécie;
- Tali: nossa velha amiga do primeiro jogo que volta para ser, mais uma vez, personagem fixa do meu grupo. Ela estava liderando uma pesquisa quando se encontrou com Shepard;
- Samara: uma justicar (membro das asari com treinamento superior) que está perseguindo sua filha, uma assassina. Sua trama nos coloca diante de uma decisão importante;
- Thane: um assassino da raça Drell, considerado um dos melhores, mas que precisa da nossa ajuda em uma missão;
- Legion: os geth normalmente são nossos inimigos, mas este possui consciência própria, e precisamos decidir se o levamos ou não para o nosso grupo;
- Zaeed: um mercenário contratado pela Cerberus que precisa cumprir uma missão de vingança;
- Kasumi: uma ladra mestre em discrição e infiltração. Foi minha outra escolha para ser parte fixa do grupo.
Apesar de haver bem mais personagens do que no primeiro jogo, as histórias que cada aliado precisa resolver para seguir de cabeça tranquila na missão de Shepard são bem construídas e bastante satisfatórias.
Além disso, personagens presentes no nosso grupo no primeiro jogo podem aparecer no segundo e agir conforme as consequências do seu passado. Isso, claro, se você importou o save do primeiro jogo ao começar o segundo.
Jogabilidade e exploração
Assim como no Mass Effect 1, temos diversos tipos de armas, habilidades variadas para cada companheiro e um combate que privilegia o uso de coberturas.
Para viagens pela galáxia, contamos com uma nova versão da Normandy, já que a primeira foi devastada no começo do jogo. A exploração foi melhorada, permitindo que coletássemos materiais em vários planetas para realizar melhorias na nave e em nossos personagens. Um adendo: é melhor fazer as melhorias da nave. Isso me custou um tempo e a necessidade de voltar save mais para frente no jogo.
O sistema de Paragon e Renegade ainda está no jogo, moldando o caráter do nosso Shepard conforme as decisões que tomamos ao longo da trama. Mais uma vez, permaneci sendo totalmente Paragon, que é uma característica vista mais como bonzinho/conciliador.

A missão suicida
As nossas ações e os aliados que recrutamos moldam o nosso caminho para a grande missão final do jogo.
Aqui, a lealdade dos nossos companheiros é colocada à prova e determinará se eles irão sobreviver ou não. Desse modo, é importante que você tenha feito suas respectivas missões para aumentar suas chances de sobrevivência, mas ainda assim não há garantia.
Outro fator que pesa nesse quesito é quais aliados você irá direcionar para tarefas específicas durante a missão. Alguns têm mais familiaridade com determinado tipo de tarefa do que outros, e isso pode impactar no resultado.
Esse tipo de situação imposta, somado a toda a trama construída ao longo do jogo, faz dessa missão um evento memorável, que sempre lembrarei como um padrão a ser alcançado por outros jogos. É preciso coragem para criar uma missão em que podemos perder quase todos os aliados que conquistamos.

Considerações e legado do Mass Effect 2
A evolução na condução da história em relação ao primeiro jogo foi sensacional. Eu já havia gostado bastante do primeiro e não tinha nenhum conhecimento da história do segundo, tornando toda a experiência uma descoberta para mim.
Mass Effect 2 se mostra muito à frente do seu tempo, elevando os padrões estabelecidos pelo seu antecessor e definindo novos rumos para esse universo intergalático rico e cheio de aventuras.
E você, já jogou Mass Effect 2? Como se sentiu na missão suicida? Adoraria ler a sua opinião nos comentários.
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Apenas mais um gamer que gosta de se aventurar nas histórias e registrar o seu caminho nessa jornada.