Durante a última apresentação de gameplay feita pela Rebel Wolves no dia 21 de junho, fomos apresentados a uma fatia muito interessante de The Blood of Dawnwalker, o novo RPG de mundo aberto com foco em narrativa que chega em 2026.
Com uma ambientação de fantasia sombria inspirada na Europa medieval e um sistema de escolhas com impacto real, o jogo promete ser uma das grandes apostas para quem curte mundos abertos com liberdade total de abordagem.
Aqui vai um resumo completo de tudo que foi mostrado no vídeo, com detalhes sobre ambientação, gameplay, combate, história e as principais mecânicas que a Rebel Wolves revelou até agora.
Vale Sangora: uma Europa medieval dominada por vampiros
O mundo de The Blood of Dawnwalker se passa no Vale Sangora, um território onde os vampiros tomaram o poder e onde a população humana vive sob constante vigilância e medo. A cidade central é Svartrau, a capital da região, que será um dos cenários principais da aventura. Pessoalmente, me lembrou um pouco os vários corredores de Novigrad.
A cidade de Svartrau é dividida em diferentes distritos com estilos bem definidos:
- Silberkreis: o bairro mais nobre, com arquitetura imponente.
- Altenmarkt, Neustadt e Middens: cada um trazendo uma identidade visual e social própria.
No topo da cidade, podemos ver o imponente Castelo Greifberg, agora dominado pelo lorde vampiro Brencis, serve como símbolo da nova ordem que reina no vale. O Brencis, inclusive, tomou o poder após matar o antigo governador humano, Skender, um evento que serve de pano de fundo para muitos conflitos da narrativa.

Um protagonista entre dois mundos
No jogo, iremos controlar Coen, um personagem com uma característica bem particular: ele é humano durante o dia, mas à noite… se transforma em vampiro. Essa dualidade impacta tudo: da movimentação no mapa até as habilidades disponíveis e a forma como os NPCs reagem à sua presença.
Durante o dia, Coen é um humano comum, limitado fisicamente, mas com livre acesso a áreas públicas da cidade. Já à noite, a coisa muda de figura: o personagem ganha acesso a um conjunto de habilidades vampíricas, como escalada em paredes, saltos longos e a capacidade de sugar sangue para recuperar vida.
Essa transição entre as formas humanas e vampíricas abre uma série de possibilidades de gameplay, tanto nas missões quanto na exploração do mundo.
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A missão da catedral: Investigação, escolhas e um duelo contra Xanthe
Um dos momentos mais legais mostrados no vídeo foi a missão ambientada na catedral de Svartrau, e aqui o gameplay realmente brilhou ao mostrar como o ciclo de dia e noite influencia a jogabilidade.
De dia, Coen consegue entrar na catedral sem levantar suspeitas. Ele interage com NPCs, assiste a um batismo de sangue (uma cerimônia sombria dos vampiros) e investiga discretamente o local. Mas, como humano, ele não consegue alcançar locais mais altos ou áreas restritas. Dá pra sentir aquela tensão de estar em território inimigo, mas sem poder reagir diretamente.

Quando anoitece, tudo muda. Coen se transforma em vampiro e pode explorar o cenário de uma forma muito mais vertical e agressiva. Usando habilidades como Vulto nas Sombras e Deslocamento Planar, ele acessa os telhados da catedral e investiga o que os vampiros estão escondendo por lá.
E é nessa parte que ele acaba testemunhando um ritual liderado por Xanthe, uma das vampiras mais antigas e poderosas do Vale Sangora.
A investigação leva direto a um confronto com ela, e o combate é daqueles que exigem atenção total.
A Xanthe usa ataques de manipulação de sangue, como chicotes que vêm de todas as direções, além de uma habilidade chamada Sangue Fervente, que cria uma barra de tempo: se o jogador não conseguir derrotá-la a tempo, Coen simplesmente explode.
Isso sem contar o detalhe de que, antes de encarar ela, você ainda tem que lidar com os Soldados do Sangue, lacaios superfortes que servem de guarda-costas.
O mais interessante? Esse confronto com a Xanthe é opcional naquele momento. O jogador pode decidir voltar outro dia, tentar abordá-la de outra forma ou até ignorá-la completamente dependendo do caminho que escolher seguir na história.

Combate corpo a corpo com foco em leitura de inimigos
Outro ponto que me chamou muito a atenção foi o sistema de combate direcional. Basicamente, toda luta exige que o jogador preste atenção na direção dos ataques dos inimigos e também escolha por onde vai atacar. É uma abordagem que me lembrou o Kingdom Come Deliverance.
Além disso, temos o sistema de cargas de ativação, que enche conforme você ataca, defende ou bloqueia. Com essa barra cheia, é possível usar Habilidades Ativas, como:
- Pó Irritante: pra atordoar inimigos.
- Sangue Causticante: um feitiço que causa dano contínuo.
- Ataque Arterial: um golpe finalizador bem violento.
A árvore de habilidades também é bem interessante: o jogo divide os upgrades entre Habilidades de Humano, Habilidades de Vampiro e uma árvore Compartilhada. Sem falar no painel de Habilidades Ativas, onde você pode escolher que poderes levar pra batalha.
Outro detalhe que achei interessante: as magias têm custo de vida. Ou seja, pra lançar um feitiço, você sacrifica parte da sua própria barra de HP. O que faz sentido, já que somos vampiros.
Existe uma habilidade chamada “Bruxaria Econômica”, que reduz esse custo, e dá pra ver que o jogo vai te forçar a pensar bem antes de sair usando magia a torto e a direito.

Inventário, mapa e gestão de recursos
O gameplay também mostrou um pouco dos menus e do sistema de progressão. Durante a missão, vemos Coen abrindo o inventário, equipando armas melhores, consumindo itens de cura e alocando pontos de habilidade.
O mapa é bem funcional, destacando os principais NPCs, comerciantes e locais de interesse. Isso deve ajudar bastante na hora de se localizar em Svartrau, que parece ser uma cidade bem viva e cheia de atividades.
Além disso, claramente conseguimos ver a influência do The Witcher na construção do mapa e do menu. O que, pra mim, é ótimo, pois acho bastante satisfatório a construção de ambos.

Outro recurso que terá bastante impacto no jogo, é o contador de dias. No exemplo mostrado, o jogador tinha 22 dias para concluir a missão principal, mas o jogo deixa claro que o tempo não é um cronômetro de pressão.
É mais uma variável de planejamento: o jogador pode explorar, avançar em outras missões ou se preparar melhor antes de tomar decisões importantes. Pessoalmente, tenho minhas suspeitos se isso não irá limitar um pouco a exploração do jogador. Afinal, tudo parece ter algum tipo de impacto em nossa gameplay.
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Escolhas, consequências e narrativa emergente
Se tem uma coisa que ficou clara nesse gameplay, é que The Blood of Dawnwalker vai apostar pesado na liberdade narrativa. O próprio diretor de design reforçou que não existe distinção entre missão principal e missão secundária. Tudo faz parte de um grande sistema de história interligada, onde suas ações definem o rumo dos acontecimentos.
Se você vai atacar os vampiros de frente, infiltrar-se de forma furtiva ou tentar manipular os acontecimentos através de alianças e diálogos… a escolha é sua.
E o melhor: o mundo vai reagir a essas escolhas. NPCs vão lembrar do que você fez, áreas podem ser bloqueadas ou abertas dependendo das suas atitudes, e até o humor da população vai mudar conforme você avança.
Quando chega?
The Blood of Dawnwalker tem lançamento previsto para 2026, e a Rebel Wolves prometeu trazer mais informações nos próximos meses. Se você curte RPGs com pegada narrativa forte, mundo aberto e sistemas que valorizam a liberdade do jogador, já pode colocar esse na sua lista de mais aguardados.
E você, o que acha desse novo trailer, deixou com vontade? Vai suprir um pouco a necessidade de The Witcher? Deixe aqui nos comentários.
Perguntas Frequentes sobre The Blood of Dawnwalker
O que é The Blood of Dawnwalker?
The Blood of Dawnwalker é um RPG de mundo aberto com temática de fantasia sombria, desenvolvido pela Rebel Wolves. O jogo se passa em uma Europa medieval fictícia chamada Vale Sangora, onde vampiros dominam a população humana. O título combina narrativa ramificada, combate tático e um sistema de escolhas com consequências.
Qual a história principal mostrada no trailer de gameplay?
No trailer, o protagonista Coen parte em uma missão para encontrar uma arma lendária escondida nas criptas da catedral de Svartrau. Durante o dia, ele investiga discretamente o local, enquanto à noite, já em sua forma vampírica, Coen invade áreas inacessíveis e acaba enfrentando a poderosa vampira Xanthe em um combate opcional, mas desafiador.
Como funciona o sistema de combate de The Blood of Dawnwalker?
O sistema de combate é direcional, exigindo que o jogador escolha a direção dos ataques e defesas (cima, baixo, esquerda ou direita). Coen também pode usar Habilidades Ativas que são liberadas após encher uma barra de ativação durante o combate. Magias custam parte da vida do personagem, adicionando um elemento de risco estratégico.
Apenas mais um gamer que gosta de se aventurar nas histórias e registrar o seu caminho nessa jornada.